Editorial - nov 19
ESTUDOS ESPÍRITAS
No livro “Obras Póstumas”, vamos encontrar, no capítulo ‘Projeto 1868’, a preocupação de Allan Kardec com a unidade da Doutrina Espírita. O Codificador propõe o ensino espírita como forma de alcançar essa tão necessária unidade do conhecimento e dos princípios da doutrina nascente.
São deles as seguintes a palavras: “Um curso regular de Espiritismo seria professado com o fim de desenvolver os princípios da Ciência e de difundir o gosto pelos estudos sérios. Esse curso teria a vantagem de fundar a unidade de princípios, de fazer adeptos esclarecidos, capazes de espalhar as ideias espíritas e de desenvolver grande número de médiuns. Considero esse curso como de natureza a exercer capital influência sobre o futuro do Espiritismo e sobre suas consequências”.
Nesse sentido, não faltou o apelo do “alto”, quando em 1977, na Federação Espírita do Rio Grande do Sul (Fergs), o espírito Angel Aguarod envia uma mensagem assegurando que “cabe, pois, aos Espíritas (...), uma ampla tarefa de divulgação das obras básicas da Doutrina Espírita, promovendo um estudo sistemático das mesmas.” Alguns anos à frente, em 1983, a Federação Espírita Brasileira (FEB) lança o Estudo Sistematizado Doutrina Espírita (Esde), e o médium baiano Divaldo Franco psicografa mensagem do espírito Bezerra de Meneses, a qual resumimos a seguir: “Um programa de estudo sistematizado da Doutrina Espírita, sem nenhum demérito para todas as nobres tentativas que têm sido feitas ao longo dos anos (…), é o programa da atualidade sob a inspiração do Cristo.”
Foi assim que, um ano após esse, a Umep dá início ao primeiro grupo de estudos do Esde. Desde então, até o presente, já são 35 anos ininterruptos de estudos, que deram ensejo ao lançamento do outros ciclos, como o Estudo Sistematizado das Obras Básicas (Esob) e dos Estudos Complementares, nos quais autores e obras consagradas da Doutrina Espírita são estudados em profundidade.
Atualmente, a Umep conta com 22 turmas de estudos, em diversos ciclos, atendendo à recomendação do Codificador e ao apelo do “alto”. São desses grupos que saem os trabalhadores da Casa e da Causa, a serviço do Cristo na construção de um mundo melhor.
Rogério Müller, dirigente do departamento de assuntos doutrinários (DAD).