Suicídio não é solução ! Procure ajuda !
Leia abaixo o EDITORIAL - Informativo Umep - Maio 2019
Todos os dias, nós, espíritas, somos convocados a participar de forma fraterna na vida de irmãos mais necessitados. A espiritualidade nos convida a colaborarmos cada vez mais na humanização da vida.
Debruçamos hoje nosso olhar sobre uma população que sofre, que se desespera, possuindo algum tipo de transtorno que a faz fixar o pensamento na tentativa (equivocada) de fuga do sofrimento, através do autoextermínio do corpo físico (o suicídio). Na tentativa frustrada de libertar-se do sofrimento que a aflige, ilusão que se desfaz no plano espiritual diante da perturbadora realidade que se apresenta, vivenciam uma dor muito maior do que a que se pretendia extinguir. Sócrates dizia que a única possibilidade de alcançar a paz espiritual é através do autoconhecimento (e nesse ponto ele dialoga com a doutrina espírita.
Numa determinada reunião mediúnica, o espirito nos comunicou que havia uma nova ordem de espíritos com tendência suicida. Pessoas essas com orgulho ferido (casos de perda de status social, rompimentos amorosos, etc). Há pouco tempo pude participar de um centro de interesse com crianças até os 12 anos de idade e a pedido deles o tema abordado foi o do suicídio. Um menino de 9 anos deu testemunho de que pensava em se matar, pois, sentia ser “uma pessoa que não prestava para nada” (relatou inclusive o método que pensava em utilizar). Procurei seus pais e contei a eles o que se passou com seu filho. O pai relatou que algumas vezes havia tido a intuição de que o filho tivesse este desejo. Recomendei então que, além da ajuda espiritual, procurasse tratamento especializado em sua cidade. Não me surpreendi com o fato, pois em saúde mental sabemos que ideações suicidas não se restringem a idade, classe econômica, religião, cultura etc... Segundo o espirito Hammed, no livro “Renovando atitudes”, há uma pandemia depressiva rondando a humanidade. E a espiritualidade torna-se um instrumento valioso no tratamento de tal enfermidade.
Segundo a organização mundial de saúde, a cada 30 segundos uma pessoa se suicida no mundo. 90% das pessoas que levam adiante o suicídio, teriam um desfecho diferente (favorável a sua saúde mental) se fossem diagnosticados e tratados por profissionais da área. Esta porcentagem está relacionada a transtornos dos mais diversos, dentre os principais destacam-se: a depressão, a esquizofrenia e o uso de drogas. 80% destes óbitos são de pessoas que pediram ajuda (direta ou indiretamente), mas não foram ouvidas ou percebidas.
A tristeza e o luto são condições humanas naturais, mas quando o sentimento de tristeza permanece por muito tempo, é provável o surgimento de um transtorno depressivo.
Esta população necessita de tratamento especializado: terapia, medicamento e/ou (em casos extremos) internação. A ajuda espiritual também influencia significativamente na recuperação do paciente. No caso do espiritismo: assistir palestras, submeter-se a fluidoterapia (passe magnético), realização do evangelho no lar, dialogar no atendimento fraterno (com irmãos amorosos e conhecedores do espiritismo), colocar o nome nas reuniões de desobsessão e abandonar a postura de quem entrega tudo a deus e nada faz para melhorar. O conjunto destas práticas mostra-se bastante eficaz na recuperação da saúde psíquica e espiritual, no retorno ao desejo de viver a vida, e vive-la de forma plena e abundante.
A Umep conta com este tipo de apoio por meio de uma reunião de atendimento diferenciado a esta população (veja aqui), onde são orientados de que sua problemática envolve a esfera pessoal e espiritual (pois temos conhecimento de que espíritos ardilosos, ignorantes se aproveitam da fragilidade destas pessoas para induzi-las ao autoextermínio). É preciso pedir ajuda para voltar a celebrar a vida: cantar, dançar, estar mais em contato com a natureza regeneradora e abundante dos fluidos salutares.
É essencial que a pessoa descubra o sentido da própria vida. E para isso ela pode contar sempre com o apoio da espiritualidade !
Glória Rodrigues – Dirigente do Depto. da Família – Umep.